Quero que sofras o tanto que eu sofri
De ti não guardarei sequer saudade
Quero que chores o pranto que eu verti
Que prove o fel da tua crueldade.
Zombastes do amor que eu senti
Pisastes sem dó e até zombaste
Teu orgulho me feriu e eu sofri
Até minha amizade desprezastes.
Desta vida ninguém sairá ileso
A vida cobrará teu menosprezo
Um deserto te espera só de espinho
Sem orvalho que mate a tua sede.
E assim voltarás pra mim sozinho
Longe eu estarei do nosso ninho
Dividindo com outro a mesma rede.
Jailda Galvão Aires.