Arquivo do blog

sábado, 12 de abril de 2025

ARDENDO EM BRASA (94)

 Envolve-me ao teu corpo por inteira

Deixa o suor molhar nossos lençóis

Mesmo que seja a noite derradeira

Giremos ao luar quais girassóis.

 

Que o teu corpo seja uma lareira

Preso ao meu corpo como cachecóis

De cetim macio, sobre uma esteira,

Unindo a pele quais dois caracóis.

 

Deixa que o tempo pare nesta hora,

O instante é curto. Não demora.

Vivamos o prazer que nos abrasa

 

A vida é só um sopro. Logo esmaece

Uma noite de amor ninguém esquece

Ficará em nosso corpo ardendo em brasa.

           Jailda Galvão Aires

           

LUA E FLOR (93)

 Eu olhava como a lua deslumbrante

Insinuante, mirava-se no rio.

Eu amava como a flor exuberante,

Vibrante, olhava o céu com arrepio.

 

Lua prateada - flor de luz brilhante,

Arfante como flor no céu se viu.

A lua desce a terra num instante

Abraça a flor em doce corrupio

 

No galho verdejante a lua posou

Unificadas pelo mesmo amor

Dão-se as mãos numa amizade eterna

 

A flor nevada e a lua prateada

Do mesmo DNA foram formadas

A lua é flor do céu. A flor lua da Terra.

        Jailda Galvão Aires


 

       

 

RECONSTRUIR-SE (100)

Reconstruir- é sempre um recomeço, Não se dar por vencido - é ter poder! Colar os cacos - é virar do avesso Sacodir a poeira e se reer...