POESIA CATIVA (87)

Meu tempo dedicado à poesia,

A torna importante para mim.

Rego versos e adubo todo dia

Como flores florindo meu jardim.

 

Vejo as nuances das três Marias

Um arco-íris com cheiro de jasmim

No azul da hortênsia aro harmonia

Verso a paixão na rosa carmesim.

 

São versos de amor que eu cultivo

Às vezes roxos de tanta saudade,

Cheia de vida a sempre-viva ao sol

 

Meu coração é um jardim cativo

Planto flores e versos de felicidade!

Sou um dourado buquê de girassol!

        Jailda Galvão Aires

Grupo Caminho de Sensibilidade e Equipe Pôr do Sol   Postado no face

Tema: Foi o tempo que dedicaste a tua rosa.
Autora: Jailda Galvão Aires
Título: Poesia Cativa
País: Brasil
Data: 09/11/2024

UMA MULHER E UM VIOLÃO (86)

 No meio do horizonte o sol arfava    

Raios dourados beijavam o céu azul

A mata inteira em coro sibilava

Aves migrando em direção ao sul.

 

A seguir um silêncio inebriava.

No céu bordado - o Cruzeiro do Sul!

Em cetim prateado a lua posava

Flores dançavam no imenso paul.

 

Depois... Mais nada apenas um gemido,

De alguém que guarda um triste segredo

A desventura de um amor proibido

 

Em meio ao silêncio entoa uma canção

Uma voz solitária... Um triste enredo

Chora uma mulher tangendo um violão

Bahia, 1967

DIAS INTÁVEIS (85)

Há dia que nasce belo... Ensolarado!

E a alma inteira brilha como o sol.

Dias que findam com fleches prateados

Anjos luzentes cantam em si bemol!

 

Outros dias nascem tristes, nublados...

A chuva cega o olhar do girassol.

Um céu cinzento, feio, enferrujado,

Silencia a doce voz do rouxinol.

 

Dias perfumados como a primavera

Flores dançando a canção do céu

Aves cantando para a sua amada

 

Dias que findam com saudosa espera

O céu tomado por um negro véu

Um inverno que oprime a madrugada.

     Jailda Galvão Aires