Arquivo do blog

sábado, 18 de junho de 2022

RECOMEÇÃR (soneto 4)

 Minha alma está vazia, semimorta,
Sombria, metafórica, acabrunhada.
Sem sol, sem claraboia e sem porta.
Minha alma está oclusa. Está fechada.

Tentei abrir os trincos da anteporta,                             Rangeu como uma dor enferrujada,
Empurrei a janela. Estava torta.
Prendi meu coração. Não vejo nada.

Sei que lá fora o sol está sorrindo.                                       Há cores no jardim... Que dia lindo!
E eu aqui fechada no meu ser.

Preciso sair desta clausura
Sentir na alma a brisa da doçura. 
Vibrar os sinos de um feliz viver.  
      Rio, Jailda Galvão Aires.

 



domingo, 22 de maio de 2022

CONTRASTES DA VIDA (soneto 3)

A vida é estranha... Caprichosa .  

A harmonia  contém ambiguidade

Às vezes é azul o que seria rosa.

Às vezes muito cedo e às vezes tarde

 

A vida quase sempre é ardilosa:

Ora se mostra inteira. Ora metade.

Às vezes é espinho ou somente rosa.

Oferta flores cheias de saudade!

 

- Alguém viveu a vida sem que possa 

 Lembrar as mágoas com a voz queixosa
 Dos contrastes que a vida lhe pregou? 

 
 - Eu cito um que o tempo não tem cura:  
Você que eu amei  com total loucura
Jamais me quis e nem sequer me olhou.

                      Jailda Galvão Aires

sábado, 21 de maio de 2022

RESILIÊNCIA (soneto 2)

  • Ser resiliente é ser milagroso.

    Ser de si mesmo e para o outro esteio.

    Buscar no pequenino algo grandioso,

    Provar que meio copo é um copo cheio,

     

     É abrir trilha em solo pedregoso.

    Vergar como bambu e não abrir ao meio.

    É acalmar um mar impetuoso. 

    Alcançar a praia sem nenhum receio.

     

    É por no peito pontes de safena,

    E atravessar as pontes deste mundo.

    É ver Maria em cada Madalena.

     

    É ingerir limão adoçado ao mel.

    É ver e não julgar um eu profundo.

    Que estrelas brilham no escuro céu.

         Jailda Galvão Aires 28/06/2021

ESPERANÇA (soneto1)

A esperança não é a última que morre, 

É a primeira a nascer da fé inubitável 

Como uma bússola conduz quem a recorre

É a nascente de um rio inesgotável.  

 

A esperança é luz divina que socorre 

Àquele que vence uma dor insuportável.

É conquistar o céu na terra que percorre,

Mesmo que a senda apresente intransitável. 

 

Trilhar por ela é achar que o impossível,

É realizável, pois nada é intransponível,

Mantendo a fé em Deus constante e aquecida.

 

Vem da certeza que esta força incontestável

Torna provável o que é inexplicável

E o céu recebe e louva a prece atendida!

                 Jailda Galvão Aires

           

VERDADEIRO AMOR (101)

O verdadeiro amor transpõe barreiras. Percorre o céu alcança o infinito Nada o limita, não tem fronteiras. É imortal, esplêndido, bendito. N...