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terça-feira, 19 de agosto de 2025

RECONSTRUIR-SE (100)

Reconstruir- é sempre um recomeço,

Não se dar por vencido - é ter poder!

Colar os cacos - é virar do avesso

Sacodir a poeira e se reerguer.

 

Cada declínio é um novo começo,

Todo imprevisto é para ascender

A experiência cobra sempre um preço,

Se a dor ensina, vamos aprender.

 

De êxito e queda ergue-se um forte!

Secando o pranto e seguindo em frente.

Abandonando o Sul buscando o Norte.

 

Atravessar os mares com espinhos,

Desbravando os sertões da mente.

Com garra e fé - buscar novos caminhos.

  

     Jailda Galvão Aires. Rio, 21/08/25

   


terça-feira, 24 de junho de 2025

AINDA ME LEMBRO (99)

Foi ontem, ainda me lembro, era criança...

Colhendo mangas e goiabas no quintal,

Jogando bola com a vizinhança

Com os manos, bebi leite no curral.

 

Foi ontem, saia bordada, duas tranças 

Invernos e verões no arraial .

Corri, brinquei, vivi com segurança,

Empilhando estrelas no varal.

Fui amada em meu primeiro abrigo

Colhi no lar, afago e educação.

Feliz infância com irmãos amados

Fui afagada por cada um amigo.

Esposei em amável comunhão.
Quatro joias - meus filhos adorados.  


 Rio, Jailda Galvão Aires

(98)

A distância entre dois corpos é utopia

Umpiscar de olhos


A distância entre dois corpos é o olho que pisca. Ratos Diversos.21/08/2025

quinta-feira, 5 de junho de 2025

CÉU E TERRA (97)

 Além do sol deslumbro um paraíso,

Sem angústia, sem dor, sem solidão,
Onde o arco-íris se estende num sorriso,
Iluminando a vida em doce inspiração

Além do sol os astros soam guizos
Onde pulsa o amor em profusão,
O azul se estende em dourados frisos
Levando luz em cada coração

E o mundo é um rio de ternura,
Espalhando beleza e brandura,
Em flores perfumadas de cetim,

A terra e o céu abraçam o divino,
Ao som de harpas e alegres sinos
Terra e céu se fundem num jardim.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

O COMEÇO DO FIM (96)

Olhando em frente eu ando pela vida.

Acompanhando as rédeas do destino,

Cavalgo com a alma entristecida,

Tropeçando em meio ao desatino.

 

A estrada imposta é sempre uma subida.

Alcei alturas que nem imagino,

Levo abraços e beijos na partida,

Sem pressa, chegarei. Não mais atino.

 

Minha contagem, agora, é regressiva,

Avisto o cume sem querer chegar.

É muito tarde... Não posso voltar.

 

Resta-me viver de retrospectiva.

Subindo chegarei ao fim do monte.

O céu mais perto e a Terra tão distante...

                Jailda Galvão Aires.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

DÉJÀ-VU (95)

 Às vezes bate um cheiro de saudade

Um déjà-vu , uma cena já vivida,

A sensação que esta realidade,

Aconteceu não nesta, noutra vida.

 

Um rosto, uma casa, uma cidade,

Trás uma sensação já conhecida,

Um bem estar ou uma ansiedade,

Deixa a alma infeliz ou comovida.

 

Como entender o inexplicável?

A ciência diz: É multifatorial.

São sensações de algo já vivido.

 

Verso com atributo incontestável

Não é impressão. É algo bem real.

- Momento de outra vidas revivido.

       Jailda Galvão Aires

       Rio,Maio de 2025

sábado, 12 de abril de 2025

ARDENDO EM BRASA (94)

 Envolve-me ao teu corpo por inteira

Deixa o suor molhar nossos lençóis

Mesmo que seja a noite derradeira

Giremos ao luar quais girassóis.

 

Que o teu corpo seja uma lareira

Preso ao meu corpo como cachecóis

De cetim macio, sobre uma esteira,

Unindo a pele quais dois caracóis.

 

Deixa que o tempo pare nesta hora,

O instante é curto. Não demora.

Vivamos o prazer que nos abrasa

 

A vida é só um sopro. Logo esmaece

Uma noite de amor ninguém esquece

Ficará em nosso corpo ardendo em brasa.

           Jailda Galvão Aires

           

RECONSTRUIR-SE (100)

Reconstruir- é sempre um recomeço, Não se dar por vencido - é ter poder! Colar os cacos - é virar do avesso Sacodir a poeira e se reer...