Arquivo do blog

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

UM FÓSFORO ACESO (82)

Um fogo abrasador incandescente

Desce rasgando o ventre das montanhas

Línguas esbraseadas lentamente

Correm roendo os veios das entranhas

 

E a mata estremece inteiramente

Gemendo de dor... Uma dor que  arranha.

A alma da terra esguicha lentamente

E morre sob o fogo que a arrebanha.

 

Raízes retorcidas em magnas cinzentas

Sob os troncos vergados morrem os ninhos

E milhares de animais jazem indefesos.

 

A cobiça humana, vil, sangrenta.

Escondida por trás dos colarinhos

-Lança na mata um fósforo aceso.

    Jailda Galvão Aires 14/08/2024


Nenhum comentário:

Postar um comentário

VERDADEIRO AMOR (101)

O verdadeiro amor transpõe barreiras. Percorre o céu alcança o infinito Nada o limita, não tem fronteiras. É imortal, esplêndido, bendito. N...