Um fogo abrasador incandescente
Desce rasgando o ventre das montanhas
Línguas esbraseadas lentamente
Correm roendo os veios das entranhas
E a mata estremece inteiramente
Gemendo de dor... Uma dor que arranha.
A alma da terra esguicha lentamente
E morre sob o fogo que a arrebanha.
Raízes retorcidas em magnas cinzentas
Sob os troncos vergados morrem os ninhos
E milhares de animais jazem indefesos.
A cobiça humana, vil, sangrenta.
Escondida por trás dos colarinhos
-Lança na mata um fósforo aceso.
Jailda Galvão Aires 14/08/2024
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