A solidão é faca de dois gumes,
Atravessa
a alma e o coração.
É
dor doída cheia de queixumes
Escava
o poço da decepção.
A
fria solidão só trás ciúmes,
Sugada
pela força da paixão,
Consegue
embriagar-se de perfumes,
Deixa
os espinhos da desilusão.
Aquele
que amou e foi lesado.
Entende
a minha dor e sofre e sente.
Difícil
é sair desta clausura.
Só resta apagar todo o passado
Buscando
esquecê-lo lentamente,
Mesmo
atrelado ao frio da amargura.
Jailda
Galvão Aires 24/05/2022