"Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade".
Quando um homem morre, uma biblioteca,
Desfalca um livro em sua prateleira.
Um rio caudaloso aos poucos seca.
Uma lenha desprende da fogueira.
O café fumegante esfria na caneca
Perde o sabor e o cheiro da chaleira
Fecha-se o botão da última beca
Cala-se
o som de uma vida inteira.
Uma árvore desaba na floresta
A mata se cala, o pássaro emudece.
As luzes se apagam na cidade
Ouve-se o som da última orquestra
Morremos juntos no ardor da prece
Pois somos parte da humanidade!
Jailda Galvão Aires