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sábado, 6 de maio de 2023

NÃO ME CHAME DE VELHO (24)

 Não me chame de velho. Um homem não envelhece.

A ossatura se curva. Os moedores desgastam

A visão encurta, o sol enturva e escurece.

Os pés já não caminham. Trêmulos, se arrastam.

 

Não me chamem de velho. Um livro não fenece.

É um farol para muitos. Se as páginas desgastam. 

A sapiência aviva e logo resplandece,

Um facho de experiência àqueles que o contrastam.

 

Longínqua a melodia e a voz dos entes amados.

A altura apavora e os degraus assustam

Se a memória falha, as lembranças germinam.

 

Velhos, são trapos que limpam os pés molhados

Eu sou uma enciclopédia aos que me buscam

Exemplo, e direção que a todos iluminam..

 Rio, 05/2023 Jailda Galvão Aires


 

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