Não me chame de velho. Um homem não envelhece.
A ossatura se curva. Os moedores desgastam
A visão encurta, o sol enturva e escurece.
Os pés já não caminham. Trêmulos, se arrastam.
Não me chamem de velho. Um livro não fenece.
É um farol para muitos. Se as páginas desgastam.
A sapiência aviva e logo resplandece,
Um facho de experiência àqueles que o contrastam.
Longínqua a melodia e a voz dos entes amados.
A altura apavora e os degraus assustam
Se a memória falha, as lembranças germinam.
Velhos, são trapos que limpam os pés molhados
Eu sou uma enciclopédia aos que me buscam
Exemplo, e direção que a todos iluminam..
Rio, 05/2023 Jailda Galvão Aires
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