Em segundos a água amoleceu o manto
Embriagada, a terra inteira desabou
O chão tremeu inerte à dor e ao pranto
Séculos destruídos, só escombros restou.
Sob o pó de concreto e ferro o espanto
Tudo cedeu, ruiu, tremeu, desmoronou.
Os vivos que ficaram entre gritos de espanto
Petrificados ante o desespero e a dor!
A barragem cedeu por incúria humana
Muitos dormiam quando este mar de lama
Desceu enterrando casas, pessoas e animais...
Quem restituirá às florestas nativas? -
Quem devolverá o viver de inocentes vidas?
Entes queridos que não voltarão jamais?
Jailda
Galvão Aires
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