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domingo, 18 de junho de 2023

CORAÇÕES APAIXONADOS (28)

 Dois corações unidos, apaixonados

São candelabros numa mesma chama

Dois cálices de vinho adornados

De beijos e carícias. Tudo inflama

 

Dois pássaros voando lado a lado

Um ninho de amor, uma só cama.

Dois corações de amor entrelaçados

Duas rosas unidas numa só rama.

 

Uma entrega total de corações

Trocando juras de eterno amor

Sussurrando baixinho, extasiados.

 

A natureza a entoar canções

Embalando os sonhos em louvor

A dança dos eternos namorados.

        Jailda Galvão Aires. 



 

segunda-feira, 5 de junho de 2023

RETORNAR (27)

Um dia regressarei a este mundo, 

Não sei aonde... E  ninguém me diz. 

Se por merecimento, oriundo  

Do que plantei, do que  fui e do que fiz.

 

Se pudesse expressar meu eu profundo

Nasceria no mesmo lar feliz

Na casa simples, com serras ao fundo,

Candeeiro, chão batido, chafariz.

 

O mesmo pai. Mais forte que um gigante!

A mesma mãe enérgica e falante,

Os mesmos manos vivos, um só brilho

 

Lua cheia com ciranda na calçada,

A alegria de toda a criançada,

Uma rede a embalar todos os filhos.         

 Jailda galvão Aires 25/01/2024


sexta-feira, 2 de junho de 2023

POR QUEM OS SINOS DOBRAM (26)

Porque e para quem os sinos dobram? 

Pelos seletos, fortes, escolhidos?

Será por ti pelos que assombram?

Ou para os mortais mais deprimidos?

 

Por quem os sinos sentem e redobram

E tocam e repicam em gemidos

Pelas togas que os doutos amedrontam...

Injustos, implacáveis, corrompidos?

 

Os sinos dobram e choram pelas guerras

Que matam e mutilam tantas vidas

Pelas crianças sem lar e sem afeto

 

Pela injustiça que permeia a terra

Pelos que morrem sem encontrar saída

Pela ambição de um ser infame e abjeto.

   Jailda Galvão Aires Maio/2023


BRUMADINHO (25)

Em segundos a água amoleceu o manto

Embriagada, a terra inteira desabou

O chão tremeu inerte à dor e ao pranto

Séculos destruídos, só escombros restou.

 

Sob o pó de concreto e ferro o espanto

Tudo cedeu, ruiu, tremeu, desmoronou. 

Os vivos que ficaram entre gritos de espanto

Petrificados ante o desespero e a dor!

 

A barragem cedeu por incúria humana

Muitos dormiam quando este mar de lama 

Desceu enterrando casas, pessoas e animais...

 

Quem restituirá às florestas nativas? -

Quem devolverá o viver de inocentes vidas?

Entes queridos que não voltarão jamais?

         Jailda Galvão Aires




 

sábado, 6 de maio de 2023

NÃO ME CHAME DE VELHO (24)

 Não me chame de velho. Um homem não envelhece.

A ossatura se curva. Os moedores desgastam

A visão encurta, o sol enturva e escurece.

Os pés já não caminham. Trêmulos, se arrastam.

 

Não me chamem de velho. Um livro não fenece.

É um farol para muitos. Se as páginas desgastam. 

A sapiência aviva e logo resplandece,

Um facho de experiência àqueles que o contrastam.

 

Longínqua a melodia e a voz dos entes amados.

A altura apavora e os degraus assustam

Se a memória falha, as lembranças germinam.

 

Velhos, são trapos que limpam os pés molhados

Eu sou uma enciclopédia aos que me buscam

Exemplo, e direção que a todos iluminam..

 Rio, 05/2023 Jailda Galvão Aires


 

VERDADEIRO AMOR (101)

O verdadeiro amor transpõe barreiras. Percorre o céu alcança o infinito Nada o limita, não tem fronteiras. É imortal, esplêndido, bendito. N...