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sexta-feira, 21 de julho de 2023

PAI - MEU FAROL (43)

 Pai, farol a brilhar no meu caminho,                           Em cada estrada onde irei passar.                              Sigo a rota atenta ao pergaminho                                Por ti traçado, pro meu caminhar.

Sigo o teu exemplo e a ele alinho                               Tendo a certeza. Não irei falhar.                                  Se um dia fraquejar, retorno ao ninho,                            E encontro forças pra continuar.

E foram tantas as lições passadas                               No lar honrado, minha mãe, irmãos.                       Tantas lembranças nesta caminhada.

Por legado materno, herdei amor.                                  O teu farol, meu pai, clareia o chão,               Iluminando-o, para aonde eu for.

     Jailda Galvão Aires


 

LÁGRIMA GELADA (42)

 E o vento soprou na dura estrada

A dor doída que a mãe chorava

lágrimas de adeus -lágrimas geladas

Sobre o corpo frio da filha que amava.

 

Uma dor sem igual não comparada

A nenhuma dor que a vida crava

Jazia inerte ao chão desamparada

Com flores revestida o corpo estava.


E a mãe caída ao chão inconsolável

Perguntava a Deus se merecia

- Martírio tão cruel, oh! Pai do céu?


O silêncio era oco, insuportável

Nenhum eco responde. Que ironia!

- Porque ela meu Deus. Porque não eu? 

             

      Jailda Galvão Aires

Grupo Nossa Essência 20/07/2023

Evento Poético (Tema: Lágrima Gelada)

Participante: Jailda Galvão Aires.

 

terça-feira, 4 de julho de 2023

A MORTE DE UM HOMEM (41)

"Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade".

Quando um homem morre, uma biblioteca,

Desfalca um livro em sua prateleira.

Um rio caudaloso aos poucos seca.

Uma lenha desprende da fogueira.

 

O café fumegante esfria na caneca

Perde o sabor e o cheiro da chaleira

Fecha-se o botão da última beca

Cala-se o som de uma vida inteira.

 

Uma árvore desaba na floresta

A mata se cala, o pássaro emudece.

As luzes se apagam na cidade

 

Ouve-se o som da última orquestra

Morremos juntos no ardor da prece

Pois somos parte da humanidade!

        Jailda Galvão Aires 


 

"A VIDA nÃO É UM MAR DE ROSAS" (40)

 Ora, “a vida não é um mar de rosas”

 Nem poderia. As rosas têm espinhos

 O mar tem ondas calmas e impetuosas

 O amor tem divergências e carinhos.

 

 Não. “A vida não é um mar de rosas”

 Flores enfeitam orlas dos caminhos,

 Tem maciez nas pétalas formosas

 Mas picam qual abelha em torvelinho

 

 Ninguém respira a vida plenamente

 Em brancas nuvens calmas e macias...

 Navegamos por mares diferentes.

 

 Existem flores lindas e perfumadas

 Dias quentes e extensas noites frias

 Cactos afloram em qualquer estrada.

           Jailda Galvão Aires

sábado, 1 de julho de 2023

O DOCE SABOR DO INVERNO (39)

 O inverno também tem seus encantos.  

A alva neve caindo sobre os montes,

Nuvens bordando o céu rendando os mantos

Que se estendem por sobre os horizontes.

 

Para os amantes há sabores tantos,

Nos cálices de vinhos espumantes

Os dois juntinhos, a lareira a um canto,

Deliciando beijos inebriantes.

 

O doce sabor que traz o inverno

Açucarado nos beijos trocados

Traz a esperança de um amor eterno

 

É o pulsar em cada coração

Viver intensamente e ter amado

Mesmo que dure só uma estação.

        Jailda Galvão Aires

VERDADEIRO AMOR (101)

O verdadeiro amor transpõe barreiras. Percorre o céu alcança o infinito Nada o limita, não tem fronteiras. É imortal, esplêndido, bendito. N...