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terça-feira, 2 de janeiro de 2024

PUNHOS ACORRENTADOS (47)

Os meus punhos estão acorrentados,

Meu corpo, sem vigor, não vibra mais...

Perdi a alegria dos anos dourados,

Já não sou eu quem vive - são meus ais.

 

 Fui livre e percorri por lindos prados

 Sobrevoei o céu em voos colossais

Fui fada, borboleta, um ser alado

Transformei sonhos e os tornei reais. 

 

Já não sou quem eu fui. Ai, quem me dera,

Plasmar a vida numa primavera

Libertar-me de vez desta clausura

 

A vida passa e com ela os sonhos

Sonhos que vivi livres e risonhos,

Hoje atrelados aos fios da censura.

Jailda Galvão Aires. 02/01/2024


 

 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

NUM ÁTOMO EU VIM (46)

 Num átomo de luz desci à Terra

Com milhões de estrelas pequeninas

Acopladas ao peito – qual fio terra

E aos genes, de minh’alma cristalina.

 

A função que cada uma encerra

Apagar-se-ia qual uma lamparina

A cada gesto incerto aqui na terra

Cada pecado por querer ou sina!

 

Não sei ao certo quantas luzes restam

No meu corpo, a luzir... Se por virtude,

As mereci pagando alguns credores.

 

Aos que me amam e aos que me detestam

Se estrela ainda tiver que o meu ataúde

Brilhe no chão, aos que me levem flores!

  Jailda Galvão Aires. Rio (12/12/2023) 


VERDADEIRO AMOR (101)

O verdadeiro amor transpõe barreiras. Percorre o céu alcança o infinito Nada o limita, não tem fronteiras. É imortal, esplêndido, bendito. N...